01/11/2010

please don't go away


1 2 3 4... Cada batida de meu coração é lenta, pesada e muito, muito alta, faz uma confusão dentro de mim e eu não consigo pará-la.  Como terminar com uma das pessoas mais importantes para mim?
Eu sei que isso parece um típico caso de termino de namoro, mas não, quem me dera que fosse. É bem pior, esse é um típico caso de termino de amizade. Ai dói só de pensar.
Por que tinha de ser assim? Por que eu tenho que cuidar das pessoas? Por que eu tenho que ser tão melhor amiga do que os outros? Por que eu tinha de me importar? O pior, o pior de tudo, é que eu sinto dentro de mim uma sensação de exagero, mas também sinto uma sensação de razão absoluta.
Eu não quero fazer isso, eu não preciso, eu não posso fazer isso. As coisas estão indo de mau a pior e a desconfiança pela outra parte esta tomada e de repente eu sou uma ameaça. A vingança é mostrada finalmente e eu, apenas um vitima tentando salvar sua vida, pensa “eu não posso fazer isso”. E sabe o pior de tudo? Eu continuo confiando e precisando dela, mais do que nunca, mesmo ela não demonstrando isso. Eu não posso, mas eu tenho. Essa é a diferença, alguém tem de mostrar a ela a verdade, a verdade que dessa vez, com firmes confirmações, só ela não vê. Mas, será que não estou indo longe demais?
Eu sei que estou.
Eu não vou chegar e dizer: acabou nossa amizade. Não, eu vou mostrar somente a verdade. Porem, eu sei que a verdade não a agrada muito, e provavelmente significaria o fim de nossa amizade.
Que amizade? Eu gostaria de poder fazer essa pergunta, mas sim temos uma amizade. Qual? Com certeza não é a de agora, já que ela não fala mais nada para mim, é desconfiada, me trata como lixo mas sim é a amizade de antes, aquela que nada poderia estragar ou separar, aquela cheia de abraços, sorrisos e segredos revelados. E se ela estiver passando por maus momentos? Todos estão, e não importa o quão grande seja o problema, todo mundo passa por problemas, mas é a desconfiança que me abala. É a mudança de humor repentina, a traição cochichando em meus ouvidos. Isso é o que me incomoda.
Não estou botando toda culpa nela, eu sei, eu tenho certeza que também não sou fácil, tenho certeza que faço merda e que sou um porre de vez em quando. Mas eu sei que eu sou uma boa amiga, que nunca faria nada para machucar minhas amigas, não propositalmente, e que por isso mesmo falarei a verdade para ela.
Não é que eu esteja desvalorizando. Negativo, é justamente por valorizar demais que eu farei isso. Agora é tarde demais para voltar. Não para os outros, e sim para mim.
Eu sei isso soa que eu acho que sei de tudo, que sei do que esta passando dentro da cabeça de todo mundo. Na maioria das vezes até eu penso isso de mim, mas eu sei que não é verdade. É justamente por eu não saber de nada que direi a verdade, a MINHA verdade.
O que eu espero de tudo isso? Eu espero que ela escute tudo que eu tenha para falar, que não tente se defender, e que depois fale a verdade dela sobre mim. Mas espere, eu quero os reais motivos, não engolirei um “você sabe” ou quem sabe um “hm... ah, só tu não enxerga”, não engolirei um silencio. Eu quero a verdade, a verdade com fundamentos, com reais motivos. E se não for sonhar demais, espero que ela mude que ela esteja disposta a tentar mudar, mesmo que não consiga. Eu sei que não é fácil, e que temos de fazer isso sozinho, mas às vezes precisamos de uma força. Eu sou sua força. Se ela me disser o que exatamente eu tenho que mudar, eu tento, eu juro que uso todas as minhas forças para mudar para melhor.
1 2 3 4 o peso de cada palavra que é escrita agora esta sobre os meus ombros, minha cabeça pesa mais de cem quilos e sinto minha palpitação ficando lenta. Eu não quero, eu não posso, eu não preciso, mas eu tenho.

0 comentários:

 
Powered by Blogger